terça-feira, janeiro 29, 2008

o que eu mais me espanto é o que eu menos sei de mim.
quando algo que nao sei é por mim escrito,
me aponto que a minha imagem restrita que tenho de mim é por nao saber me conhecer.
(e nao obstante, sei que nao foi 'eu' quem bolou aquele sentido ali posto...)

isto é como medir o ar com fita metrica: tanto faz se aponto que sou para mais ou para menos,
tao inutil é o julgamento frente a grandeza do ser...

enfim, a parte de mim que mais me interesso é por essa que nao sei.
a minha ignorancia me entusiasma, me espanto com ela,
converso comigo e migo e encontro nao saberes descomunais,
1o por nao saber minhas partes varias,
2o por nao saber que nao sei
3o quando alego que nao sei, sem saber disto
4o compensa minha decepcao comigo,
é como encontrar abismos em mim,
mas também vislumbrar praias muito belas.

obviamente este abismo é de nao me saber,
e as praias sao paisagens estranhas, mas em que me encontro,
ou encontro o meu ser...

Nenhum comentário: